Psicologia

Este trabalho teve como objetivo fazer uma reflexão sobre a espacialidade da cidade como possibilidade ontológica do homem urbano. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo que tem como respaldo teórico-metodológico a fenomenologia hermenêutica de Martin Heidegger. Para tanto, foram expostas as noções heideggerianas de fenômeno, Ser-aí/Dasein, mundo, entes-simplesmente-dados, entes-existentes e cuidado. A proposta foi pensar uma ontologia da espacialidade, a fim de que se pudesse compreender o homem urbano como um modo de estar no mundo e a cidade como um lugar favorável para a compreensão desse homem enquanto ser-no-mundo. Um ponto importante foi refletir se é possível ou não dar sentido a todos os espaços da cidade, mas, talvez, a questão fundamental tenha sido analisar se a psicologia é capaz de problematizar e compreender o sentido do ser diante da dinâmica urbana. Ao longo da pesquisa foi possível se debruçar sobre a cidade, sobre o espaço urbano e a experiência urbana, sobre a homem urbano e sobre a necessidade de um olhar psicológico despido da indiferença diante dessa dinâmica que se apresenta. Tendo como tarefa, elucidar não a cidade e a realidade urbana tomadas em si mesmas, mas o cuidado que se estabelece entre homem e mundo em sua produção de sentido.​​

Palavras-chave: Cidade; Espaço Urbano; Fenomenologia; Heidegger.